Se você também adoraria ver as empresas falando com os adultos e não tentando persuadir diretamente a criança para o consumo de um produto, manifeste-se! Viu uma publicidade dirigida à criança nesse dia das crianças? Preencha seu nome e e-email abaixo (eles não serão divulgados) e nos diga qual empresa – pode ser a fabricante ou a varejista de brinquedos – você flagrou agindo contra a lei. Nós faremos a sua carta chegar até ela. Por um mundo com empresas éticas, que falam com quem tem maturidade para decidir.
Prezada equipe da _______________,
Infelizmente, continuo vendo seus produtos anunciados diretamente para as crianças.
Por isso venho, por meio desta carta, solicitar que vocês parem com essa ilegalidade e dirijam a mim suas mensagens publicitárias, deixando nossas crianças livres para brincar. Por não terem ainda sua capacidade crítica plenamente desenvolvida, as crianças precisam de um interlocutor legítimo para discernir sobre suas escolhas.
Se brincar é assunto de criança, comprar deve ser assunto de gente grande.
É por esta – e tantas outras razões – que pedimos à _______________ que assuma a vanguarda na construção de práticas institucionais verdadeiramente sintonizadas com a ideia de garantir a vivência plena da infância. Comunicar, pensar, controlar impulsos, tolerar a frustração, compartilhar, aprender, conhecer: são quase infinitos os ganhos que o brincar espontâneo pode proporcionar a um ser humano. É minha responsabilidade – e sua também – preservar isso.
#AnunciaPraMim. Vamos deixar nossos filhos em paz.
Atenciosamente,
_______________
Por que a #PublicidadeInfantil é ilegal?
O Código de Defesa do Consumidor (CDC), em seu artigo 37, prevê a proibição da publicidade abusiva. Como abusiva, lista, dentre outras, a publicidade que se aproveite da deficiência de julgamento e de experiência da criança. Inúmeros especialistas em desenvolvimento infantil já afirmaram que as crianças não têm maturidade para julgar e entender o caráter persuasivo das mensagens publicitárias, que usam dos mais variados recursos e efeitos especiais para seduzi-las. Os impactos da publicidade na formação das crianças têm sido cada vez mais visíveis, contribuindo para o aumento dos índices de obesidade infantil, erotização precoce, violência, estresse familiar, alcoolismo na infância e no encurtamento da infância pelo chamamento contínuo das crianças para o ingresso antecipado no mercado de consumo. A resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), aprovada em março de 2014, clarifica ainda mais o que pode ser considerado abusivo e reforça o que já estava previsto no CDC.
Empresas, assumam um papel de vanguarda!
É possível fazer diferente! O marketing infantil é um jogo desigual. Enquanto, de um lado, a empresa sabe o que está fazendo e com que intenção, do outro, a criança ainda não entende e não pode se defender de tal manipulação. A publicidade dirigida à criança é uma prática nitidamente abusiva e antiética. Seja dirigindo seus apelos de vendas diretamente às crianças ou usando-as como chamarizes na publicidade de produtos para adultos, as empresas concorrem de forma invasiva e desleal com a educação parental, bem como com as condições econômicas das famílias. Falar de sustentabilidade e preocupação social e continuar anunciando pra criança? Humm, vai pegar mal!
Sua carta ajudará na conscientização por uma publicidade mais ética
Precisamos mostrar às empresas que o debate está maduro e que insistir nesse posicionamento antiético e ilegal causará danos às marcas do seu portifólio. Cada carta que uma empresa recebe - desaprovando claramente suas práticas e exigindo respeito aos interesses de seus clientes - engrossa o caldo daqueles que dizem “basta!” e mostra às empresas o quanto estamos atentos e incomodados. Além disso, quanto mais cartas a empresa recebe, mais evidente se torna a ilegalidade de suas práticas de vendas, além de constituir um importante documento para eventuais denúncias judiciais.